Na sentença “As luzes se apagaram, e, paulatinamente,
aquele mar de gente silenciou e aguardou... De repente, ouve-se
um forte brado vindo do fundo do palco, que explode em luzes e
vida junto com a multidão.”, há mudança de tempo verbal: do
pretérito perfeito do indicativo os verbos ouvir e explodir passam
para o presente do indicativo, possibilidade que se justifica pelo
seguinte motivo:
a) há a indicação de uma ação permanente, constante, que não
sofre alteração.
b) há a indicação de um fato futuro, mas próximo, conforme se
percebe pela sequência temporal dos fatos.
c) há a indicação de um fato habitual, ainda que este não esteja
sendo exercido no momento em que se fala.
d) há a indicação de um fato já vivenciado que se atualiza no
momento da narração como forma de se garantir vivacidade
ao texto.
Resposta comentada: D
A mudança do tempo verbal pretérito perfeito do indicativo
para o presente do indicativo acontecida para os verbos ouvir e
explodir justifica-se pela possibilidade de, em textos narrativos,
valer-se o produtor do texto da atualização dos fatos acontecidos,
a fim de dar-lhes vivacidade. Trata-se de um recurso de
dramatização linguística de alta eficiência se utilizada de forma
adequada e sem exageros.
Embora as demais alternativas também apresentem
justificativas para o uso do presente do indicativo, estas dizem
respeito a outros contextos que lhes sejam pertinentes.
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