CorrespondênciasA Natureza é um templo onde vivos pilaresDeixam sair às vezes palavras confusas:Por florestas de símbolos, lá o homem cruzaObservado por olhos ali familiares.Tal longos ecos longe onde lá se confundem,Dentro de tenebrosa e profunda unidade,Imenso como a noite e como a claridade,Os perfumes, as cores e os sons se transfundem.Perfumes de frescor tal a carne de infantes,Doces como o oboé, verdes igual ao prado,– Mais outros, corrompidos, ricos, triunfantes,Possuindo a expansão de um algo inacabado,Tal como o âmbar, almíscar, benjoim e incenso,Que cantam o enlevar dos sentidos e o senso.
Das características do Simbolismo descritas abaixo, assinale a que mais está presente no poema.
[A] A expressão de campos sensoriais por meio da sinestesia.
[B] O conflito constante entre matéria e espírito.
[C] A transcendência espiritual por meio da morte.
[D] A expressão verbal carregada de aliterações.
[E] A angústia e a sublimação sexual que visa ao sagrado.
Os campos sensoriais estão presentes no poema. Em: “Perfumes frescos como carnes de criança/ Doces como
oboés, ou verdes como as campinas.” há mistura de “perfume” (olfato) com “doces” (paladar), indicando a
sinestesia, característica marcante do Simbolismo.
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