Uma passagem, mesmo que sumária, pela literatura brasileira nos faz ver que esta assumiu diferentes expressões artísticas, uma vez que se prendia às condições históricas e sociais de cada época. Por exemplo:
[A] No período do Barroco, a temática predominante é o conflito do homem, dividido entre céu e terra, matéria e espírito, salvação e perdição. Daí, em termos de linguagem, sua preferência pela antítese e pelas expressões de contraste.
[B] No Romantismo, o grande vetor foi a pretensão de exaltar a ‘nova terra’ e suas belezas naturais. Embora, a nostalgia de não ser ‘europeu’ ainda se revelasse fortemente na arte literária.
[C] No Parnasianismo, a aspiração do poeta era produzir uma arte poética como se fosse um ‘ourives’ em seu atelier de criação. Vigorava, neste período, o oposto do ‘formalismo’, da ‘Arte pela arte’.
[D] No Realismo, a concepção estética reforçava e, de certa forma, reiterava, o sentimentalismo e a idealização herdados do período anterior, o Romantismo.
[E] No Modernismo a pretensão maior se fixou em salvaguardar as aspirações artísticas da vanguarda europeia, pelo cultivo do formalismo na expressão da arte poética.
A alternativa a contempla as características corretas, relacionadas ao Barroco.
Principais características do Barroco
- Arte rebuscada e exagerada;
- Valorização do detalhe;
- Dualismo e contradições;
- Obscuridade, complexidade e sensualismo;
- Barroco literário: cultismo e conceptismo.
- Uso de figuras de linguagem;
- O sagrado e o profano, o céu e a terra;
- Cultismo (jogo de palavras);
- Conceptismo (jogo de ideias).
O estilo Barroco é marcado pelo dualismo entre céu e terra, sagrado e profano, teocentrismo e antropocentrismo. Isso é refletido no emprego de linguagem rebuscada, marcada pelo contraste da antítese e do paradoxo, por exemplo.
O Barroco no Brasil foi introduzido por intermédio dos jesuítas, no fim do século XVI. Só a partir do século XVII, generaliza-se nos grandes centros de produção açucareira, especialmente na Bahia, por intermédio das igrejas.
Passada a fase do Barroco baiano, suntuoso e pesado, o estilo atingiu no século XVIII a província de Minas Gerais.
Tradicionalmente, atribuiu-se ao poema épico Prosopopeia (1601), de Bento Teixeira, o início do Barroco na América portuguesa, que vivia o ciclo da cana-de-açúcar.
O território ainda se organizava; aos poucos, as cidades estruturavam-se. Os poetas barrocos brasileiros cultuavam o estilo gongórico e buscavam as "academias", ponto de encontro obrigatório dos artistas, espécie de grêmios eruditos e literários, de onde irradiavam as tendências barrocas e manifestavam-se os primeiros sinais de cultura em nosso país.
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