Influenciados pelo poeta latino Horácio, os poetas árcades costumam reaproveitar dois temas da tradição clássica:
o fugere urbem e o aurea mediocritas.
Assinale o trecho de Cláudio Manuel da Costa que apresenta essas
características:
a) “Como, ó Céus, para os ver terei constância, / Se cada flor me lembra a formosura / Da bela causadora de minha
ânsia?”
b) “Se o bem desta choupana pode tanto, / Que chega a ter mais preço, e mais valia, / Que da cidade o lisonjeiro
encanto;”
c) “Enfim serás cantada, Vila Rica, / Teu nome alegre notícia, e já clamava; / Viva o senado! viva! Repetia / Itamonte,
que ao longe o eco ouvia.”
d) “Já rompe, Nise, a matutina aurora / O negro manto, com que a noite escura, / Sufocado do Sol a face pura, /
Tinha escondido a chama brilhadora.”
e) “Destes penhascos fez a natureza / O berço, em que nasci: oh quem cuidara, / Que entre penhas tão duras se
criara / Uma alma terna, um peito sem dureza.”
Esse famoso poema do poeta clássico Cláudio Manuel da Costa resgata dois lemas árcades:
o fugere urbem (fuga da cidade) e o aurea mediocritas (equilíbrio ou uma “mediania de
ouro”). O fugere urbem se vê no valor módico da choupana ser mais bem considerado do que
o valor do encanto da cidade, tomado como ilusão. Aqui se vê também a aurea mediocritas, pois
se busca o mais simples, o menos sofisticado.
Portanto, a alternativa B preenche a ideia de “ fugere urbem” e “ aurea mediocritas” , uma vez que exalta o lugar de origem
do poeta ( choupana) e valoriza a simplicidade em detrimento da cidade.
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